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Tem "IDADE" para certas coisas? Quem determinou a idade para certas atitudes?
"Meu tempo já passou". Será?
Lulu Santos já dizia: hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos.
E, sim, o tempo passa em um piscar de olhos. Entretanto, não significa que o seu momento, ou "validação" externa para você ter ou tomar certas atitudes (ou ser quem a gente quer ser) já passou.
O que existe é o presente, você, independente da sua faixa etária.
Mas vamos lá… A gente sabe que prazer está ligado a várias áreas da vida. Viver, comer, tomar um bom vinho, sair para dançar, namorar, começar aquele projeto, ir para academia... ou fazer aquela viagem com as amigas.
Porém, que tal começar pelo tema que vem à mente quando falamos de “prazeres” que nos limitam a partir de uma certa idade? Ele mesmo, o sexo.
O "TERROIR"
Uma pesquisa realizada pelo aplicativo “Natural Cycles”, lá em 2017, indicou que a maioria das respostas eram que as mulheres se sentiam mais atraentes e tinham os melhores orgasmos com 36 anos ou mais.
Ou seja, logo na "idade" que a sociedade nos diz que "já estamos velhas demais para ter filhos" (risos).
Nesse mesmo levantamento, pessoas que foram questionadas sobre a atividade sexual, as 36+, normalmente, eram o verdadeiro significado de “confiança em si”. No total, 8 em cada 10, entre as mais maduras, afirmaram se sentir mais satisfeitas com sua performance entre quatro paredes (que delícia, né?).
Segundo o aplicativo, na época, conforme a pessoa vai amadurecendo e conhece mais a fundo o seu corpo, melhor se torna a vida sexual e o sentimento de satisfação consigo mesma.
Viu? Com o passar dos dias, semanas, meses… A sua experiência pode (e deve, se quiser) ser usada a seu favor. Afinal, o que se ganha com os anos é experiência, maturidade e beleza.... que nem o vinho... cada vez melhor o nosso "terroir".
Mas, nem tudo são flores. Ou são?
Um estudo mais recente (de 2020) nos Estados Unidos, sobre a saúde feminina, divulgado no encontro anual da Sociedade Norte-Americana de Menopausa, mostrou uma outra perspectiva.
Pelo menos 1/4 de 3.200 mulheres que participaram da pesquisa, o tema “sexo” continuava sendo importante para as que se encaixavam no grupo “meia-idade em diante”.
A análise em questão identificou três padrões de comportamento:
- Para 45% das mulheres, o sexo era importante no começo da “meia-idade” e acabou perdendo a relevância com o tempo;
- Para 27% das entrevistadas, independente do passar dos anos, a sexualidade continuava muito importante;
- Para 28%, não tinha um significado promissor nessa fase da vida.
Em 2024, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população 60+ no Brasil já ultrapassa os 30 milhões. Falando nisso, uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais, levantou que 40% dos homens e 20% do público feminino - acima dessa faixa etária - se consideram sexualmente ativos.
E o que esses 3 estudos nos dizem no final das contas?
Que por mais que haja mais satisfação, a maturidade feminina tem tendência a ser sinônimo de desinteresse por relação sexual.
Sim, isso pode acontecer. Contudo, não precisa ser assim. E, outro ponto: quais são as condições que nos levam a ter tal "desinteresse"?
Não, isso não vem de "fábrica".
Muitas vezes, o andar da carruagem funciona desse jeito por conta de questões que podem ser resolvidas e hoje são mais discutidas abertamente.
A menopausa, por exemplo, desempenha um papel crucial depois dos 50 anos. Seja sob o aspecto fisiológico, quanto cultural.
A médica Holly Thomas, que comandou o 2º estudo que mencionamos, relembrou o fator da perda de lubrificação quando os ovários deixam de produzir estrogênio principalmente na menopausa.
Com isso, a dor na penetração, dificuldade e demora na relação podem ser a palavras-chave para a perda de vontade de sentir prazer. Nessa mesma etapa, o orgasmo nem sempre chega com facilidade.
E, como já falamos aqui o desejo espontâneo e responsivo tem total relação com as experiências sexuais que temos e, principalmente, as mais recentes, pois essas criam o nosso repertório sexual que impacta diretamente na resposta do desejo - e no "querer" do ato em si.
Como na menopausa ou no climatério existem fatores fisiológicos que atrapalham a alta libido e o desejo espontâneo é mais raro nessa fase (a não ser que hajam condições externas que a propiciem - um novo namorado, estimulação através de hormônio e etc), sendo extremamente necessário desejo responsivo (que responde a estímulos visuais, táteis e etc) para estimularem a relação. Mas, se combinado com experiências sexuais não tão prazerosas ("negativas", vamos assim dizer), ele se "desestimula". Sabe aquela sensação de "hmm... quero", mas você olha para o parceiro e pensa "preguiça", ou "ai, não vai ser tão bom" e vem uma avalanche de pensamentos e culpa? É um pouco por ai...
Resumindo, há mudanças que são as verdadeiras “culpadas” por essa sensação de “meu tempo já passou” e, não, necessariamente, apenas um número que dizem “abominar” o sexo, digamos assim.
Esse desinteresse está ligado a mudanças no organismo, porém, se isso for um incômodo constante, há soluções que podem trazer o sentimento de que “estou no meu melhor momento”, “na idade da loba”, independente de qualquer coisa.
Não estamos sozinhas.
Isso também acontece com os homens, por mais que seja pouco falado. A perda da libido e do desejo vem acompanhada de mudanças fisiológicas e externas como, por exemplo, a perda da ereção atribuída à idade.
A única diferença entre nós e eles é que já existem soluções medicamentosas para esse "mal" que os atormenta: o famoso, Viagra (entre outros) que são socialmente vistas como "normal". Isto é, não há estigmas ou julgamentos quanto à isso. Em verdade, é, em muitos casos, associados com "virilidade".
No nosso caso, ainda há concepções e julgamentos negativos quanto ao uso de melhorias para o nosso prazer: "mas você já teve filho"... ou o pior "não está mais na idade para isso". Frases essas (ou seus sinônimos) são, infelizmente, reproduzidas por familiares, amigos e amigas e, pior, médicos que nos assistem.
Há muito desconhecimento travestido de preconceito.
Nossa dica é: procure médicos que te acolham e não julguem as suas vontades, afinal, eles tem que, apenas, nos ajudar com soluções médicas e não limitar o nosso querer... não é mesmo?
Como os Beatles diziam "HELP! I need somebody"
Nas redes sociais, já demos algumas dicas de como contornar esses percalços da idade: estimular o desejo responsivo, lubrificantes e vibradores que podem auxiliar no autocuidado consigo mesma. Falamos sobre reposição hormonal, conteúdos e produtos da Likxy que colaboram nesse resgate do “pleasure care”, entre outros macetes.
Fundamental é buscar ajuda de especialistas, que tendem a mostrar que esses prazeres do dia a dia (e a dois… hun 🤤) não devem ser descartados tão fácil assim. Ainda mais por conta de um estigma.
Já viu LOBA se tornar ovelha, porque uma ovelha disse que ela não poderia ser uma LOBA? Não se limite pela limitação dos outros, afinal, ela é do outro. Viva OS SEUS prazeres.
Lembrete: o prazer além da sexualidade
O seu tempo não passou.
O que adquiriu até então, pode trazer um novo “desejar”, “olhar” sobre o corpo, ter ideias, viajar, ir a lugares novos, comer em restaurantes diferentes, ter novas experiências com a parceria, família, amigos.
Claro que é comum, depois de certa idade e/ou reviravoltas que a vida dá, o cansaço e a rotina tomarem conta de tudo. A memória erótica, por exemplo, nem sempre está na ponta da língua… O resultado? Pensar que isso não nos pertence mais.
Aqui na Likxy, acreditamos que o prazer não tem idade. Ele pertence e permeia a vida de qualquer mulher. Até muda, mas quem disse que não pode ser para melhor?
Chegou nos “enta” ou está quase lá? Saiba que o sexo pode ser uma experiência ainda mais rica e profunda. Afinal, com o tempo, a gente aprende a se conhecer melhor (por dentro e por fora) e a valorizar cada sensação.
Intimidade sexual na maturidade é sobre conexão, descobertas. É hora de se permitir, de se conhecer de novas formas, de explorar sem pressa. A relação ganha novos significados e o toque se torna ainda mais especial.
Fora que há prazeres que vão além do quarto. Faça o que te der vontade. Se dê de presente, uma bolsa, um carinho. Tome uma taça de vinho, lendo um bom livro. Explore com o outro. Converse, sorria, saia com as amigas e na sua melhor companhia.
Há muito o que viver nesses 40+, 50+, 60+... Seu tempo não passou, nem de longe! Você tem o direito de desejar, de dar mais gosto (e gozo) à vida. De se sentir bonita, desejada, amada e deliciosa. De se sentir mulher. Um número não pode te definir, estamos combinadas?
E se precisar de alguma ajuda, não deixe de buscar. Estamos por aqui também! 👄